Danielle Santos
Comunidade Renascidos em Pentecostes
Realizada todos os anos pela Igreja Católica no Brasil, a Campanha da Fraternidade chama toda a comunidade a se envolver, em atos concretos, com diversas ações pastorais em todo o território brasileiro.
Em prol da solidariedade e da fraternidade, e sempre abordando temas atuais e que necessitam de uma reflexão especial, a mesma propõe uma transformação da sociedade em conjunto, nos diversos desafios que ela destaca, seja na economia, cultura, religião, entre outros.
Iniciada na Quarta-Feira de Cinzas, neste ano de 2017, a Campanha da Fraternidade traz como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). Lançada pela CNBB, no Santuário Nacional de Aparecida, provoca o homem a refletir e agir em torno da ecologia, no cuidado com a natureza, que é, no atual momento, uma medida de extrema urgência.
“Essa Campanha da Fraternidade está preocupada com o ser humano, com o futuro da nossa vida, com o futuro da existência no mundo. Tanto que há teóricos que dizem assim: ‘Ou mudamos ou pereceremos’”, diz Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida.
O respeito à natureza também foi a temática da encíclica Laudato si', do Papa Francisco, que, em português, significa “Louvado sejas”, com o subtítulo "Sobre o Cuidado da Casa Comum”. Publicada, oficialmente, em 18 de junho de 2015, o papa critica o consumismo exacerbado e o desenvolvimento irresponsável, fazendo um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas: “Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras. Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que geme e sofre as dores do parto (Rm 8, 22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos.”
Com efeito, que possamos nós, como filhos de Deus, preservar aquilo que Ele nos deu. Priorizando as mudanças de atitudes, possamos praticar o que nos instiga o hino da Campanha 2017, escrito pelo Padre José Antônio de Oliveira:
“Louvado seja, ó Senhor, pela mãe terra, que nos acolhe, nos alegra e dá o pão (cf. LS, n.1) Queremos ser os teus parceiros na tarefa de “cultivar e bem guardar a criação.”
Fontes:
campanhadafraternidade2017.com.br
pt.wikipedia.org
vatican.va