“Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor.” (Ef 6:4)
Agosto é o mês das vocações. Assim, mês também de celebrarmos a missão de ser família, de ser pai. A paternidade está no coração de Deus. Deus sendo pai, um pai de amor, um pai de justiça, um pai que ensina e que corrige também, desejou que o homem fosse pai. José foi o escolhido para ser pai adotivo de Jesus, zelou, cuidou, amou e cumpriu sua missão, sendo modelo para os homens.
Assumindo a paternidade como missão e vocação, o homem passa a viver em prol dos filhos de tal forma que seu desejo maior é que tenham uma vida plena, buscando dar o melhor, ainda que esse melhor resulte em sacrifícios diversos. E Deus reconhece e o abençoa.
Pai corrige, e tem que corrigir; pai não tem medo de perder o amor dos filhos por causa da correção, mas deve mostrar o melhor caminho, criar os filhos na doutrina do Senhor. “Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo”. (Pv 13:24)
Pai também ama, e não pode ter medo de amar. O amor, por sua vez, se manifesta de várias formas: tem pai que nunca abraçou os filhos, mesmo não deixando de amá-los por isso; tem pai que beija, abraça, troca fralda, e é amor da mesma forma. O pai prepara os filhos para a vida, ensina, aconselha, é um grande expectador das escolhas que eles farão.
Existem homens que se preparam para ser pai, casam e passam a esperar o momento no qual terão suas vidas transformadas pela chegada dos filhos. Existem pais que não tiveram tempo de se prepararem, e nem por isso são menos importantes. Existem pais que não conseguem permanecer e vão embora; esse pai, também, não menor aos olhos do Pai Maior, pois “tudo concorre para o bem daquele que amam a Deus”. (Rm 8:28)
Deus não escreve certo por linhas tortas, Ele escreve certo por linhas certas; tudo tem um propósito e um por quê. Ele prepara seus filhos para o bem e cabe a eles decidirem como vão escrever sua própria história. Ser um bom homem, uma boa mulher ou culpar os outros por não conseguirem.
No final das contas, pai é sempre pai. Rígidos ou maleáveis, deixam lembranças marcantes nos filhos, boas e ruins, e cabe aos filhos saber o que fazer com essas lembranças. Alguns, equivocadamente, dizem: “Quando tiver filho, vou fazer diferente de tudo que meu pai fez” e não se lembram de que são homens e mulheres de bem, que sabem enfrentar as dificuldades que surgem, que possuem experiência de vida para ajudar muitas outras pessoas, que se o pai tivesse feito diferente, talvez, não fossem quem são.
Hoje, a correria dos nossos dias, o excesso de trabalho e compromissos, Internet e a presença de TV nos quartos e nas salas, têm afastado os pais dos filhos. Muitas vezes, saem e chegam em casa e os filhos já estão dormindo; acreditam estar fazendo o certo, pois estão dando aos filhos o que não tiveram. Não há bem maior para um filho do que ter o pai por perto, brincando de bola, correndo de bicicleta, rolando no tapete. A carência emocional nas crianças, causada pela falta dos pais é grande. As mesmas, por sua vez, começam a chamar a atenção dos progenitores das mais diversas formas: uma delas é comportando-se mal na escola ou ambientes de convivência social.
Contudo, não existe uma fórmula mágica ou manual para ser pai; seria bom se tivesse. O que é importante e o que deve ser levado em conta é a disposição em assumir a missão de ser pai. Uns abraçam a mesma de imediato, outros levam tempo, cada um dentro da sua realidade. Um bom pai é aquele que se consegue ser, ser um bom pai é o que se pode oferecer, não existe termômetro. Não tem como julgar o melhor pai dentre todos do mundo inteiro. O que importa é que cada um nasceu do coração de Deus.
Um Feliz Dia dos Pais a todos aqueles que, na sua individualidade, são os melhores pais do mundo!
Eliene Martins A. Portela
Bacharel em Administração / Pós-graduação em Gestão de Pessoas / Coach e Life Coach
3º Elo da Comunidade Renascidos em Pentecostes
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