Missa das 7h - Capela Nossa Senhora da Primavera
5º dia da Semana de Pentecostes (quinta-feira)
Celebrante – Padre Moacir Anastácio
Homilia do dia 16 de maio
Estamos então na quinta-feira, último dia aqui no Centro de Evangelização, depois vamos o Taguatpark festejar esses 25 anos de Pentecostes. São 25 anos da revelação que o Senhor me deu naquele domingo de 1999. Vinte cinco anos se passaram querendo ou não foi um tempo bom. Tivemos momentos difíceis, mas faz parte da caminhada.
A Semana de Pentecostes é exigente, exige muito de nós, principalmente quem está na frente. Vários coordenadores passaram e ajudaram, o povo de Deus também estava lá, tanto trabalhando pagando para trabalhar. Acredito que seja o único movimento da igreja católica que se paga para trabalhar é na Semana de Pentecostes.
Nesses 25 anos, milhares de pessoas pagaram para trabalhar. Esse ano, 1481 pessoas. Então nesse tempo de crise, nesse tempo de dificuldade é um bom número e a gente caminhou na alegria, na esperança, na confiança, na juventude e nas tribulações também.
Eu comparo esses 25 anos com a caminhada que Moisés fez – ele cuidava das ovelhas estava feliz, casado com filhos-. Naquele dia em que o Senhor o aparece e manda de volta para o Egito com a missão de libertar um povo descendente de Abraão, de Isaac e Jacó. Porque Deus havia feito uma promessa de dar uma terra prometida a seus descendentes. E Moisés vai empolgado pelos sinais. E Deus ia fortificando em cada milagre, em cada praga e Moisés ia conhecendo esse Deus. Até chegar na última praga da morte dos primogênitos, e aí o povo sai. São no empolgamento de não mais ser escravo. Sai jubilosos porque durante 430 anos foram escravos no Egito e agora iam ser donos de uma terra. E faz a caminhada de 499 quilômetros até chegar no mar. Quando Deus divide esse mar e o seu povo passa a pé enxuto e Faraó e seus cavaleiros são afundados nas águas e ali definitivamente eles são libertos. E Moisés fez um canto de vitória ao Senhor. Mas aí tinha um deserto na frente de 40 anos que eles iam percorrer. A maior parte daqueles que saíram do Egito não chegaram, na terra prometida, ficaram pelo caminho.
Estou fazendo uma comparação com esses 25 anos. A gente chegou no mar. A gente caminhou até o mar. Que maravilha! Estamos celebrando e quando chegar domingo a gente pode dizer: o mar foi dividido e nós passamos a pé enxuto. Mas ai vai vir o deserto. E vai vir a murmuração, a reclamação porque a nossa juventude não existe mais. Eu já não sou mais jovem. Então aos poucos estamos caminhando para a terra prometida e o caminho vai ficando mais exigente, mais difícil, pela nossa limitação, pela exigência espiritual. Pelas tribulações. A coisa vai ficando cada vez mais difícil e vai ter aqueles que vão ficando no deserto.
E quando eles murmuram contra Deus (...) aquele povo que saíram do Egito não chegaram na terra prometida. 40 anos depois nenhum deles chegaram até porque ninguém vivia tanto tempo. Eles não chegaram, quem chegou foram seus descendentes, seus filhos, seus netos.
Então essa nossa segunda etapa, vai ser talvez mais difícil que nesses 25 anos que a gente viveu. Vai ser muito mais exigente. Vai ser mais difícil para mim e pra vocês, pra quem vai ficar no nosso lugar. O mundo de 25 anos atras não é mais o mesmo de hoje. E o mundo daqui a 10 anos não será o mesmo de hoje desta manhã de quinta-feira. Vai se tornar mais difícil. E o Senhor diz, aquele que chegar até o fim, será salvo.
Nesses 25 anos eu vi muita gente boa desistir, desanimar, ir embora, sair da igreja, ir para seitas, esfriar a fé. Vi muita gente começar comigo que nem ei onde anda, nem sei se ainda estão vivos. Mas a caminhada é essa mesma. No deserto vamos ficando e só nos resta dizer para aquele que é o Senhor de tudo que nos leva para uma terra prometida. Eu quero caminhar, eu quero ser fiel na caminhada, eu quero estar nessa caminhada porque eu sei que esse caminho é seguro, mas é difícil. Esse caminho não é para os fracos. E temos muitas vezes a companhia do demônio que nos persegue e muitos de nós caímos nas ciladas dele. Os tentadores vão nos tentar desistir da caminhada. Lembrem que a proposta de Jesus é vida eterna. Seguir Jesus Cristo é morrer todos os dias, é renunciar, é dizer não para o mal, dizer não para o mundo e dizer sim para Deus. Nesse caminho temos que ir, porque é o único caminho que nos leva a casa do Pai.
Paulo hoje está no tribunal sendo julgado, condenado e a defesa dele é apelar. Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: “Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos”. Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembleia se dividiu. Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: “Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?”
No mundo vamos ter conflitos e vamos ter que saber qual é o Deus que estamos defendendo. Qual é a proposta de Deus que estamos defendendo. Qual é a doutrina de Deus que estamos seguindo. Temos que estar bem firmes nessa situação porque senão o mundo nos arrasta.
Então que essa Semana de Pentecostes nos ensine, nos mostre o caminho a seguir e para mim está tão claro o caminho. O caminho é esse que o Senhor nos colocou. Ele não muda Moises de caminho, ele muda situações, provações, mas o deserto é o mesmo. O deserto não muda. E nesse deserto somos chamados a caminhar.
Estamos caminhando rumo ao Taguaparque. Amanhã sexta-feira, nossa transmissão será de lá. Acompanhe, curte e compartilhe o link das nossas transmissões.
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