Ansiedade: Instinto de proteção ou patologia?
- Renascidos em Pentecostes
- 20 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
Ansiedade é a expressão sintomática de um conflito emocional interno que ocorre quando certas experiências, sentimentos e impulsos muito perturbadores são suprimidos da consciência.
Os sintomas psicossomáticos podem ser: palpitações, boca seca, dilatação das pupilas, falta de ar, transpiração, sintomas abdominais, tremores e tontura. As reações emocionais também incluem irritabilidade, dificuldade de concentração, inquietação e desmotivação da situação ou objeto temido.

Ansiedade faz parte da nossa vida e funciona como instinto de proteção; sua função é sinalizar o risco de algum perigo, um sinal de alerta. Todos os indivíduos possuem ansiedade em maior ou menor grau. Caso traga prejuízos significativos na vida do sujeito, torna-se patológico.
Saiba identificar quando a ansiedade deixou de ser normal! Para isso é importante observar seu próprio comportamento para ver com que frequência os sintomas estão presentes no seu dia a dia.
Observe alguns sintomas específicos:
Medo de falar em público - (fobia social)
Perfeccionismo - transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
Preocupação excessiva/ obsessão
Distúrbio do sono
Pânico
Comportamentos compulsivos
Medos irracionais
Insegurança
Fobia específica
Transtorno de Ansiedade generalizada (TAG)
Freud classifica a ansiedade em três tipos: Realística, Moral e Neurótica.
A realística seria o medo de alguma coisa do mundo externo, por exemplo, punição dos pais.
A ansiedade moral seria aquela que decorre do medo de ser punido, ou seja, “sentirei culpa se fizer o que estou querendo fazer”.
E a ansiedade neurótica, que é o medo inconsciente, não se sabe qual é o objeto. Esta última ocorre devido à natureza perturbadora e assustadora, cuja consciência não possui estruturas no momento. Porém quando é analisada, a ansiedade se torna realista ou moral.
Estão correlacionadas com as três relações dependentes que o ego mantém — com o mundo externo, com o id e com o superego.
Quando o distúrbio de ansiedade produzir algum tipo de desconforto ou sofrimento, interferindo negativamente na qualidade de vida do sujeito, há uma necessidade em buscar uma intervenção médica, psicoterapia.
Tudo tem o seu tempo. Desacelere os pensamentos, concentre-se no hoje, dê mais atenção às pessoas que você ama, saiba dar prioridade às coisas mais importantes, viva uma vida com qualidade, sem estresse.
Referências:
FREUD, S. Inibições, sintomas e ansiedades (1926). In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Direção-geral da tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XX.
Organização Mundial da Saúde. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1997. vol.1.
Mayra Amorim
Psicanalista Clínica
Comunidade Renascidos em Pentecostes
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