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Foto do escritorRenascidos em Pentecostes

Confira o último post da série sobre a vida do Pe. Moacir Anastácio


Hoje, no último post da série “Padre Moacir Anastácio: Uma vida renascida em Pentecostes”, você confere uma homenagem especial a este servo de Deus que já marca a história da Igreja como um profeta dos novos tempos.

Leia, curta e compartilhe esse lindo testemunho do amor de Deus. Faça parte dessa nova evangelização sem fronteiras.

21 anos de uma vida renascida em Pentecostes

Essa não é uma história de contos de fadas ou de seres que vivem apenas no imaginário popular, mas da mais perfeita obra de Deus.

Tudo começa no impossível, no pequeno, na pobreza e no íntimo das necessidades do Nordeste brasileiro. Um menino, de aproximadamente cinco anos de idade, que vivia na pobreza e na simplicidade e com sua ingenuidade ferida pela dor, brincando no lixo para escapar da dureza de não poder ser essencialmente criança. É nesse contexto, nesse cenário que o nosso ator da vida real começou a trilhar seu caminho com Jesus Cristo.

Moacir Anastácio de Carvalho é o seu nome, e no lixo mesmo, depara-se com a imagem do Crucificado, numa simples figura fotográfica, e passa a ouvir a voz daquele Senhor que iria fazê-lo mergulhar em águas mais profundas. Dali em diante, aquele Deus que ele nem ouvira falar um dia, se confundiria em sua vida para nunca mais dissociar-se dele. O chamado, o amor profundo e o dedo de Deus o escolheu entre os menores, entre os esquecidos.

Aos 14 anos, realiza sua primeira confissão, numa viagem inesquecível ao interior do Canindé. Confissão? O menino não sabia o que era isso, mas abrindo o seu coração na Igreja de Francisco de Assis, àquele sacerdote, sentiu a graça de ser liberto, perdoado e amado. No dia seguinte, com o coração cheio de alegria e entusiasmo, conheceu a Eucaristia, comungou o Corpo do Mestre pela primeira vez. Fascínio e admiração, uma gratuita entrega de corpo, alma e coração, é tudo que o jovem Moacir pôde sentir, não apenas tudo, mas tudo em plenitude.

Mas a vida desse jovem prossegue e sua realidade dura se manifesta com força. Trabalho na roça, sofrimento, dores, enfermidades, a fome, as incertezas, obstáculos que foram tornando seu caminhar cada vez mais tortuoso.

Ele segue sua vida e o tempo passa adiantando os anos, levando o jovem de Nova Russa a enfrentar o impacto da separação dos pais e de seu lar. Para ajudar sua família, deixa sua cidade e se aventura no coração do Brasil. Rumo a Brasília, lá vai Moacir, carregando na bagagem sua vida, sua esperança, sua pressa de vencer.

E em Brasília chega. Em meio às luzes, o frio e à grandiosidade, lá vai Moacir tentar sobreviver naquela selva, que ele mesmo pensava ser tão pequena e tão próxima de sua terra Natal. Diante dos poderes que dirigiam aquele país, lá estava o menino, o jovem, o homem, o escolhido, chegava à cidade do sonho de Dom Bosco. Mas também era a cidade dos desencantos, da flagelação, do desemprego, da fome. Tudo aquilo já não era estranho pra ele, mas a luta seria maior e mais voraz.

Foi assaltado, foi negado, rejeitado e desenganado. Mas o Crucificado ali o esperava, por isso, foi conduzindo sua sorte.

Ele encontrou trabalho e começou uma nova fase, teve uma nova chance. Foi contratado por um hotel, na cidade de Taguatinga, no qual exerceria a função de auxiliar de serviços gerais. Com o emprego novo, vieram também novos amigos, as festas, as namoradas, as seduções do mundo. Com tantas novidades, Moacir se afastou daquele Senhor que o encontrou no lixo e tudo que ele vivera com o mesmo. O mundo era grande demais e sua sede pelas descobertas era maior do que sua sede por Deus. Conheceu também a bebida, que ele acreditava ser sua companheira, sua solução para as desilusões. Feriu-se, desiludiu-se, sofreu. Moacir estava vivendo a frustração na Capital de sua esperança. A solidão começou a tomar espaço em sua rotina e o desespero, por vezes, o assolava assustadoramente. Foi tornando-se um jovem sem sonhos, sem vida, sem nada. E chegando ao extremo de seu vazio, chegou a pensar e tentar executar sua própria morte, pois a existência já não tinha mais sentido.

Porém, a história de Moacir haveria de mudar em breve, para todo o sempre, e Jesus, que sabia disso e o preparava para tal, foi o acalmando e o consolando, pelos anos que se passaram, embora ele ainda não se dava conta disso, pois insistia em fechar seu coração para aquele Deus de sua infância.

Mas enfim, chegou o momento em que o Senhorio do Redentor iria agir sobre os nãos da vida de Moacir e seu caminho passou a ser iluminado. Eram 15h, do dia 12 de junho de 1983. Depois de trabalhar, saiu do hotel e pôs-se a caminhar em direção a um cinema. Enquanto caminhava, percebeu que não estava sozinho e, passos, começou a ouvir. Sentiu-se confuso e preocupado, pois a presença que o acompanhava ia tornando-se cada vez mais forte. De repente, este jovem perdeu-se de si mesmo e aquela mesma presença o levou a subir uma escada, sem nem mesmo, ele ter consciência do lugar no qual estava. Uma porta abriu-se para que ele entrasse e, logo em seguida, sem que ninguém a tocasse, fechou-se. Nesse instante, o menino homem do Ceará teve a consciência de que estava dentro de uma Igreja, era o Santuário Perpétuo Socorro, em Taguatinga. Não havia mais ninguém naquele recinto e ao levantar os olhos, assustado, Moacir enxerga uma grande imagem de um homem Crucificado e é impelido, imediatamente, a ajoelhar-se e a entregar-se em espírito e em verdade. Ele chorou, rezou, suplicou, pediu perdão, ao mesmo tempo em que seu corpo pegava fogo. Sem perceber, balbuciava palavras e orações, gemidos e súplicas, e ia sendo lavado pela misericórdia da Cruz.

Renascia naquele momento Moacir Anastácio de Carvalho. Menino jovem, jovem homem, não importa. Renascia um filho de Deus para a vida e para dar a vida aos outros.

Sê bem-vindo! Tu chegaste. Eu venci, estás aqui! Confiança, Eu te salvei, morri na Cruz por ti. Eu te amei! Sou Eu, o Senhor e o Salvador! Ressuscitei"! – disse Jesus ao seu filho amado.

E logo Moacir respondeu:

- Infinito e bondoso Senhor da Cruz, não te deixarei mais. Tu és a minha vida, o meu tudo, és o meu Senhor!

Depois disso, amigo José, amiga Maria, irmãos de tantos Josés e de tantas Marias, esse filho de Deus cumpriu sua promessa e da estrada de Jesus Cristo não saiu mais. Anos se passaram, obstáculos diversos ele enfrentou e hoje, já não é mais um menino jovem, mas um profeta das nações.

Essa história não é de mágica, ou de heróis e heroínas da fantasia, mas de milagre.

Este homem, hoje mostra o caminho a nós, Josés e Marias, e cuida de uma multidão de ovelhas do Senhor.

Pe. Moacir Anastácio, você o conhece?

Só podemos dizer que ele Renasceu na graça de Pentecostes, no fogo do Espírito Santo e está à frente da messe do Senhor, como servo, como filho, como escolhido.

E o que mais dizer desse homem, desse servo? Parabéns, querido Padre, querido Pai, querido amigo. Obrigado por caminhar e nos ensinar a caminharmos com Jesus Cristo todos os dias, pelas suas palavras de fogo que transformam, por sua força advinda da Cruz, por ser repleto dos dons do Espírito Santo e refletir os seus frutos, por orar conosco e nos mostrar o poder de Pentecostes.

Danielle Santos

Comunidade Renascidos em Pentecostes

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