Danielle Santos
Fonte: Rádio Vaticano
No último domingo, dia 27 de agosto de 2017, o Papa Francisco proferiu, mais uma vez, a oração do Ângelus, para os fiéis na Praça de São Pedro.
Afirmando, em sua reflexão, que a Igreja, mesmo como instituição sólida, precisa ser sempre reformada, o Papa ainda tomou como base para sua análise, o Evangelho de São Mateus 16, 13-20. Assim, o pontífice ainda relembrou a profissão de fé de Pedro, na passagem do Evangelho do Dia, confessando ser, Jesus, o Cristo, depois do próprio Jesus questionar seus discípulos sobre o que Ele seria para eles.
Acompanhe a transcrição dessa linda reflexão do nosso pastor:
“Simão Pedro encontra em seus lábios palavras que são maiores do que ele, palavras que não vem de suas capacidades naturais. Talvez ele não tenha feito a escola fundamental, e é capaz de dizer estas palavras, mais fortes do que ele! Mas são inspiradas pelo Pai celeste, que revela ao primeiro, dos Doze, a verdadeira identidade de Jesus.
Graças à fé dada pelo Pai, existe um fundamento sólido sobre o qual se pode construir a sua comunidade, a sua Igreja. Por isto diz a Simão: “Tu és Pedro – isto é, rocha – e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Também conosco, hoje, Jesus quer continuar a construir a sua Igreja, esta casa com alicerces sólidos, mas onde não faltam rachaduras, e que tem contínua necessidade de ser reparada. Sempre. A Igreja sempre tem necessidade de ser reformada, reparada.
Mas nos sentimos pedras pequenas e não rochas. Todavia, nenhuma pedra pequena é inútil, antes pelo contrário, nas mãos de Jesus a menor pedra se torna preciosa, porque Ele a recolhe, a guarda com grande ternura, a trabalha com o seu Espírito, e a coloca no seu lugar certo, que Ele desde sempre pensou e onde pode ser mais útil para toda a construção. Cada um de nós é uma pequena pedra, mas nas mãos de Jesus participa da construção da Igreja.
Todos nós, por menores que sejamos, nos tornamos “pedras vivas”, porque quando Jesus pega a sua pedra, a faz sua, a torna viva, cheia de vida, repleta de vida pelo Espírito Santo, repleta de vida de seu amor, e assim temos um lugar e uma missão na Igreja: ela é comunidade de vida, feita de tantas pedras, todas diferentes, que formam um único edifício no sinal da fraternidade e da comunhão.
Jesus quis para a sua Igreja um centro visível de comunhão em Pedro – também ele não é uma grande pedra, mas pega por Jesus, torna-se o centro de comunhão – em Pedro e naqueles que o sucederiam na mesma responsabilidade, os “Bispos de Roma, a cidade onde Pedro e Paulo deram o testemunho de sangue.
Por fim, o pedido a Maria nossa Mãe, para que nos sustente e nos acompanhe com a sua intercessão, para que realizemos plenamente a unidade e a comunhão pela qual Cristo e os Apóstolos rezaram e deram a vida.
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