Depois de Pentecostes, João e Pedro vão, às três horas da tarde, no templo de Jerusalém, orar com os judeus. Acabam de ficar cheios do Espírito Santo e, entrando pela Porta Formosa do Templo, encontram um coxo.
A Palavra vai dizer: “Trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do Templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam”. (At 3,2)
Esse coxo vivia cem por cento da caridade dos outros; nasceu coxo e não aprendeu a fazer nada, além de pedir esmola. Era o homem mais conhecido de Jerusalém. O coxo vai estender a mão e pedir esmola. Primeiro, Pedro vai dizer: “Olhe para nós! Nós temos a solução para tua necessidade, tua doença, tua miséria.” O homem, imediatamente, fitou o olhar esperando receber alguma coisa. E Pedro vai dizer pra esse coxo: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou”! (At 3,6)
E naquela segunda feira, eles estavam cheios da graça de Deus, cheios da graça do Espírito Santo. “O que eu tenho é Jesus Cristo”!
Aí não tem espaço para dúvida. Pedro tem consciência que pode fazer o coxo andar, no nome de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At 3,6), vai dizer Pedro. E para espanto de João, de Pedro e do coxo, ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. Entrou no templo, andando e pulando; o primeiro milagre do Cristianismo.
Pedro ressuscitou, Paulo ressuscitou, os apóstolos ressuscitaram, depois de Pentecostes.
Já, os discípulos de Emaús, estavam voltando tristes e angustiados. Ficaram tristes, abatidos: “Nós achamos que fosse ele, o libertador”! Conversavam sobre tudo o que tinha acontecido com Jesus Cristo. “Então, Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” (Lc 24, 17)
Amado(a), Jesus está andando com eles na mesma estrada. Jesus que já passou pela Paixão, pela morte, pela Cruz, está com eles. Eles estão falando de um Deus morto e Jesus falando de um Deus Vivo.
A gente também não consegue ver Jesus Cristo; vamos sofrendo, murmurando pela vida. Os católicos estão esvaziando as Igrejas e lotando os centros espíritas. Somos cegos! Não adianta somente abrirmos os olhos, temos que abrir o coração.
Sábado, eu celebrei a Vigília Pascal; uma missa maravilhosa, com quatro horas de duração. Tinham dez pessoas aqui dentro; cinco dormindo e cinco abrindo a boca, porque, pra eles, Jesus não ressuscitou.
Nós estamos preparando a Festa de Pentecostes. Essa festa tem que rasgar o nosso coração. Mas muitas pessoas só vão pelas Velas. Deus sabia disso quando me revelou as Velas. Elas são a isca, para o que Deus quer fazer na sua vida. Nós temos que ir para Pentecostes, para fazer com que a nossa vida seja como a de João, de Pedro e de Tiago, após Pentecostes; eles tiveram suas vidas transformadas. Até a sombra deles curava.
Vá para Pentecostes, trabalhe em Pentecostes, mas diga a Ele: “Senhor, eu quero mergulhar nessa coisa chamada Pentecostes”! Deus vai te fazer um homem e uma mulher de fogo!
O mundo precisa de padre de fogo, bispo de fogo, papa de fogo! E a gente vai incendiar esse mundo com o fogo do Espírito Santo. Precisamos dos dons do Espírito Santo.
Pentecostes é isso. Não tenhamos medo de ser cheios do Espírito Santo! Eu quero esse Espírito Santo, que arrebentou a vida de Tiago e de Pedro. E eles vão pra rua anunciar que Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos. Depois de Pentecostes, eles perderam o medo. E nós vamos celebrar Pentecostes no nome de Jesus Cristo!
“Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. (Lc 24, 25-30)
Nisso, os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Exatamente, ao partir do Pão: “Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras”? (Lc 24,32)
Quando colocamos fogo na madeira, ela esquenta primeiro, depois vai sair fumaça; mas não é fogo ainda, a madeira está só ardendo. O coração deles ainda não havia pegado fogo. Era uma preparação para Pentecostes.
Precisamos de mais de duas mil pessoas para trabalharem em Pentecostes. Nós vamos, em Pentecostes, festejar os trezentos anos de Nossa Senhora Aparecida, os cem anos da aparição de Fátima e cinquenta anos da RCC. As tardes no Taguaparque serão de adoração a Jesus, na Eucaristia. Quando você chegar aqui, no dia 28 de maio, o seu coração tem que estar aceso e não mais ardendo, para que ele pegue fogo aqui.
Agora, ninguém tem mais dúvida: O Senhor ressuscitou! Jesus venceu o inferno! O mais interessante é que nos estamos caminhando com Jesus Cristo. Os discípulos de Emaús não O reconheceram, mas nós reconhecemos que Ele vive!
Padre Moacir Anastácio
Homilia – Santa Missa de Libertação – 19/04/2017
Transcrição: Danielle Santos
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