O Senhor disse a Moisés: “Dirás a toda a assembleia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (cf. Lev 19,1-2).
Essa celebração teve origem em Antioquia, no Oriente, no século IV, e foi introduzida no Ocidente e Roma no século VI (cf. Veritatis Splendor).
Várias foram as razões para realizar esta festa: resgatar a lembrança daqueles cujo nomes foram omitidos por falta de documentos e que somente são conhecidos por Deus, alcançar, por sua intercessão, as graças de que necessitamos e ter sempre presente esses modelos de conduta, a fim de imitá-los.
Partindo deste ponto, de que a Igreja toma para si e para nós os fiéis, a lembrança dos santos. O que quer dizer ser santo conforme a Sagrada Escritura. Temos que ver que Deus dá uma ordem direta a toda assembleia, temos que trazer para nós, todos os batizados, temos que viver esse chamado de ser santo.
Como nós nos santificamos? Pela Igreja. Que é indefectivelmente santa. Pois, Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o único Santo, amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus. A Igreja é, portanto, “o Povo santo de Deus”, e seus membros são chamados “santos” (cf. CIC 823, At 9,13).
A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele e nele torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, “à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus” (cf. Sacrosanctum concilium, 10). É na Igreja que está depositada a plenitude dos meios de salvação. É nela que “adquirimos a santidade pela graça de Deus” (cf. Lumen gentium, 48).
Já na terra, a Igreja está ornada de verdadeira santidade, embora imperfeita. E seus membros, a santidade perfeita, ainda é coisa a adquirir: “Munidos de tantos e tão salutares meios, todos os cristãos, de qualquer condição ou estado, são chamados pelo Senhor, cada um por seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito o próprio Pai (cf. Lumen gentium, 11).
Em um dos seus escritos Santa Terezinha do Menino Jesus disse dessa forma sobre a santidade:
“Compreendi que a Igreja tinha um corpo, composto de diferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário (o coração). Compreendi que a Igreja tinha um Coração, e que este Coração Ardia de Amor. Compreendi que só o amor fazia os membros da igreja agirem, que, se o Amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue.... Compreendi que o Amor encerrava todas as vocações, que o amor era tudo, que ele abraçava todos os tempos e todos os lugares... em uma palavra, que ele é eterno! (cf. autobiografia Santa Terezinha do Menino Jesus).
A caridade é a alma da santidade à qual todos são chamados. Ela dirige todos os meios de santificação, dá-lhes forma e os conduz ao fim. Os santos ardiam o coração de amor por Jesus, e viviam essa plenitude do amor na pessoa do irmão. Não tinham medidas para se desgastarem amando e fazendo as obras o Senhor Jesus deixou para que todos as fizessem. Todos nós que temos o chamado de sermos santos devemos agir dessa forma, nos entregando por amor, pois o amor nos aproxima de Deus. Somos atraídos a Ele para vivermos em tudo a sua santidade e viver conforme a sua vontade.
Assim, viveram os santos que a Igreja todos os anos torna memória no dia 1º de novembro. Eles viveram na fé da promessa de Cristo, a despeito das fáceis seduções do mal e das aparentes derrotas do bem, alegram-se e exultam pela grande recompensa dada por um Rei incompreensivelmente misericordioso e generoso Deus. Os santos são amigos eficazes, pois a vontade deles é totalmente semelhante a de Deus.
Manifestada em Cristo, único Senhor deles e nosso. Essa celebração presta homenagem também a todos os santos desconhecidos, sem nome, que pareceram presença inútil no mundo, mas que carregaram em silêncio a marca do filho do homem, ou seja, a Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Esta festa quer homenagear a multidão dos Santos que estão na glória de Deus e são para todos nós, motivo de imensa alegria, pois são irmãos e irmãs nossos que souberam viver em Cristo e, pela graça de Deus, alcançaram a plenitude da vida eterna.
Se olharmos bem e com bastante sobriedade a quão benefícios recebemos dos santos que entregaram a sua vida para viver em tudo a santidade chega até nós. Quando pedimos a intercessão dos santos temos uma ajuda especial para vivermos nos tempos de hoje, que podemos assim dizer difícil, uma ajuda especial e divina.
Vivamos então esse dia em que toda Igreja faz memória de todos os santos de Deus que estão na sua glória. Por Peterson Maximiano de Souza
Assim, recorramos hoje, a todos os Santos, para que possam interceder por nossas lutas e necessidades diante de Jesus, por seus merecimentos de santidade.
Todos os Santos, rogai por nós!
Comments