Hoje, nós estamos celebrando a Festa de São Pedro e São Paulo, duas pessoas diferentes e unidas no mesmo carisma, no mesmo chamado e vocação. Pedro conheceu Jesus nos primeiros dias de seu ministério, à beira do lago de Genesaré, depois de ter pescado e não ter apanhado nada. Pedro vivia da pesca, assim como João. Naquele dia, à beira daquele lago, Jesus estava dando os primeiros passos no Seu ministério salvífico. Jesus pega o barco de Pedro e vai pregar. Depois diz a Pedro: “Vamos lançar a rede em águas mais profundas”. Pedro responde dizendo que passou a noite toda e não havia pescado nada, mas pela fé, realiza o que pede o Senhor. E teve a pesca mais frutífera de suas vidas. A partir daí, acompanha Jesus, anunciando que o Reino de Deus havia chegado.
Paulo não conheceu, não seguiu Jesus, também não participou de Suas curas e libertações. Era um intelectual e fanático, seguia a Palavra e a lei de Moisés de forma radical. De repente, alguém começa a falar de um Jesus que havia morrido, ressuscitado e era Deus, o que deixa Paulo fica cheio de raiva, que começa a perseguir os cristãos. Depois de prender muitos, fica sabendo que, fora de Jerusalém, essa mensagem continua crescendo em Damasco, e pede autorização para ir até lá e prender todos que anunciavam essa notícia. Nesse cenário, Paulo se encontra, na porta da cidade de Damasco, com Jesus Cristo; por volta do meio dia, a luz veio do céu. Paulo cai sobre a terra e escuta uma voz que diz: “Saulo, Saulo, porque me persegue”? Ele diz: “A quem estou perseguindo”? E o Senhor o diz: “Eu sou Jesus de Nazaré. É a mim que você está perseguindo”.
Ele fica cego e, a partir desse momento, ele é levado para uma pensão. O Senhor envia Seu servo, Ananias, ao encontro de Paulo, para que orasse por ele, o batizando no Espírito Santo. Com isso, foi curado e passou a enxergar, sendo, totalmente, transformado.
Depois disso, não precisamos falar mais nada da fé desse homem. É ele quem vai nos mostrar os dons, frutos e carismas do Espírito Santo. E vai nos dizer: “Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. (2Tm 4, 6-7)
É uma conversão pura e definitiva. Desde o instante no qual ele encontrou com Jesus e recebeu a efusão do Espírito Santo, Paulo caiu do seu orgulho; a queda foi grande. Mas só ficou cheio do Espírito Santo quando Ananias, que já havia bebido da água de Pentecostes, orou por ele, e ele pôde receber essa graça. É isso que está faltando para nós: estarmos dispostos a passar essa graça para as pessoas.
É preciso que fiquemos cheios do Espírito Santo e, através da imposição de nossas mãos, O passemos para as outras pessoas. Não existe outro meio, o Espírito Santo passa de um para outro.
Em Pentecostes tinha alguém cheia do Espírito Santo, de quem da boca saía fogo puro do Espírito Santo, que era Maria. No seu encontro com Isabel, também aconteceu a mesma coisa quando O Espírito Santo passa de Maria ela. Consequentemente, para João Batista e acaba sendo transmitido para muitos outros.
Quando Jesus encontrava as pessoas, dizia: "Recebereis o Espírito Santo e sereis as minhas testemunhas". Depois, fazia o gesto de soprar, transmitindo o Espírito Santo.
“Naqueles dias, o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos. Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele". (At 12, 1-5)
Mas o anjo apareceu e as correntes foram quebradas. Anjo sempre aparece. Eu deveria ter, mais ou menos, uns oito anos de idade e cuidava dos animais do meu pai. Em um certo dia, estava cuidando dos jumentos e os vigiando, à beira do rio, quando, de repente, apareceram duas crianças e disseram: “Quando você tiver uma coceira muito grande, corta para sair o sangue”. Quando isso aconteceu, eu ouvi, novamente, a voz dessas crianças me dizendo a mesma coisa. E eu obedeci. Quando me cortei, começou a sair sangue coagulado. Hoje, eu sei que eram anjos, porque aquilo poderia me matar. Os anjos são reais e seres que nos ajudam. Deus envia os Seus anjos.
Nós estamos terminando, hoje, esse semestre. Nosso Ministério de Cura e Libertação foi muito abençoado, muitas graças o Senhor derramou em nossa vida. Acabamos de celebrar Pentecostes que, para mim, foi a mais poderosa e a melhor. Sofrimento? Tivemos muito. Mas dou graças a Deus por tudo. Estou saindo mais forte, mais decidido e corajoso. Se Deus quiser, voltamos, na primeira quarta-feira de agosto, para realizar dois Seminários de Vida no Espírito Santo, celebrar os 300 anos da aparição da Virgem Maria em Aparecida, comemorar a devoção a Nossa Senhora da Primavera e caminhar para o Natal do Senhor.
Isso tudo porque o Senhor nos diz, como disse a Pedro: “Sobre ti, eu quero edificar a minha Igreja”. É através de você que Jesus vai santificar e edificar a Sua Igreja. Nós somos os “Pedros” de hoje. É através dos Renascidos em Pentecostes, da Shallon, da Canção Nova que Deus está formando um todo. Devemos louvar O Senhor, porque recebemos Dele um carisma. E o nosso é um dos mais fortes porque mexe com a espiritualidade, com a fonte viva de Pentecostes.
Só falta tomarmos posse dessa bênção, sermos, verdadeiramente, Renascidos em Pentecostes!
Pe. Moacir Anastácio de Carvalho
Homilia – Santa Missa de Libertação – Tarde de Louvor em Honra a São Pedro e São Paulo (02/07/2017)
Transcrição e adaptação: Danielle Santos
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