Danielle Santos
Central de Comunicação Renascidos em Pentecostes
Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre os mandamentos, na Audiência Geral desta quarta-feira (24), realizada na Praça de São Pedro, o Papa Francisco refletiu sobre o pecado do adultério, ressaltando a sacralidade do matrimônio.
Confira os principais trechos:
“Nenhuma relação humana é autêntica sem fidelidade e lealdade. Isso vale também para as amizades.
Não se pode amar somente até quando convém. O amor se manifesta quando se doa totalmente sem reservas. Como diz o Catecismo, o amor tem que ser definitivo, não até segunda ordem.
Fonte: Vatican News
A fidelidade é a característica da relação humana livre, madura e responsável. O ser humano necessita ser amado sem condições. Por isso, o chamado à vida conjugal requer um discernimento cuidadoso sobre a qualidade da relação e um período de noivado para verificá-la.
Assim, acontece de superestimar, por exemplo, a atração física, que em si é um dom de Deus, mas é destinada a preparar o caminho para uma relação autêntica e fiel com a pessoa.
Não se pode chamar de preparação três ou quatro conferências realizadas na paróquia. Isso não é preparação, é fingir uma preparação. A responsabilidade de quem faz isso recai sobre o pároco, o bispo, que permite essas coisas. A preparação deve ser madura e precisa de tempo. Não é um ato formal: é um Sacramento. Deve-se preparar com um verdadeiro catecumenato.
Os noivos devem amadurecer a certeza de que seu elo tem a mão de Deus, que os precede e os acompanha.
Aposta-se toda a vida no amor. E com o amor não se brinca.
Não podem [os noivos] prometer fidelidade ‘na alegria e na dor, na saúde e na doença’ e de amar-se e honrar-se todos os dias de sua vida, somente na base da boa vontade ou da esperança que ‘a coisa funcione’. Precisam se basear no terreno sólido do amor fiel de Deus.
Esta Sexta Palavra nos chama a dirigir o olhar para Cristo que, com a sua fidelidade, pode tirar de nós um coração adúltero e nos doar um coração fiel.
A fidelidade, de fato, é um modo de ser, um estilo de vida. Trabalha-se com lealdade, fala-se com sinceridade, permanece-se fiel à verdade nos próprios pensamentos e ações.
Mas, para se chegar a uma vida assim boa, não basta a nossa natureza humana; é preciso que a fidelidade de Deus entre na nossa existência.
Em Deus, e só Nele, é possível existir o amor sem reservas nem reticências, a doação completa sem interrupções e a tenacidade de um acolhimento sem medida.
Da morte e da ressurreição de Cristo deriva a nossa fidelidade, do seu amor incondicionado deriva a constância nas relações. Da comunhão com Ele, com o Pai e o Espírito Santo deriva a comunhão entre nós e saber viver na fidelidade as nossas relações.”
Fontes:
cancaonova.com
vaticannews.va
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