O mundo se lembra de Maria, a mãe de Jesus, mesmo que seja nas festividades do Natal; o nome Maria é sempre lembrado. Maria é filha da promessa, nasceu na Palestina, numa realidade que, até hoje, é muito difícil para as mulheres sobressaírem-se e se destacarem-se de alguma forma. As manifestações sobre Maria são investigadas por pesquisadores do mundo inteiro e a memória dessa jovem senhora tem resistido ao tempo. Ela não habitava os salões de grandes festas, não tinha muitas amizades, e as passagens bíblicas expressaram poucas aparições sobre sua estada na terra. Mas, indubitavelmente, foi uma mulher bem-aventurada e sua fama alcançou o mundo. Seu maior dom era sua fé e a certeza de que o Deus de seus ancestrais, o Deus Vivo estaria sempre ao seu lado. Maria protegera o maior milagre de Deus e teve seu nome elevado. Seu silêncio valeu mais que palavras e sua vida devota ao filho Jesus foi sinal para as gerações futuras.
Na busca incessante de algumas pessoas importantes da ciência humana ou de algumas denominações religiosas, em provar que Maria poderia ser qualquer mulher de seu tempo ou da nossa contemporaneidade, precisamos lembrar de duas vertentes importantes: Primeiramente, a mulher, em todos os tempos, é o feminino, é a lembrança do amor, o coração, é o auxílio necessário de uma existência, ela sente e vive intensamente, e é reconhecida como uma leoa na defesa de seus filhos, ainda mais, se for um filho único ou de uma situação muito difícil em que se fez vencedora. A mãe dá a vida para salvar seu bem mais precioso. Depois, a mãe deixa sua vida pela vida dos filhos, para criação e sucesso dos filhos. Assim, qual mulher teria um filho, para criá-lo e depois entregá-lo para morrer como ovelha no aprisco? Poderia ser possível fugir dos propósitos de Deus?
Maria era mulher, Maria ia ser mãe e, antes de tudo, foi educada para buscar a vontade do criador, pois, seus pais e os pais de seus pais, experimentaram o favor de Deus. Maria era diferenciada das outras mulheres, pois tinha uma herança celestial: a de adoradora eterna do Deus Vivo de Abraão, Isaac e Jacó. E, com certeza, ela conhecia a Palavra de Deus que diz: "Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca”. (Is 49, 15)
Maria sabia que Deus não iria se esquecer dela. Tanto é, que ela recebeu saudação de reinado, “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”! (Lc 1,28).
Quando o próprio Deus ouve a oração de Seu povo e envia um anjo para anunciar que já é chegada a hora da vinda do Salvador, decide que aquela jovem seria a esposa predileta e preparada para testemunhar a primeira experiência de Pentecostes: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus". (Lc 1, 35)
Maria foi predestinada, de modo especial, a cooperar com os desígnios de Deus, trazendo vida nova aos seres humanos. O Catecismo da Igreja Católica diz que Deus escolheu a Virgem Maria e ela é “o mais excelso fruto da Redenção, totalmente preservada, imune da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo o pecado pessoal. Virgem ao conceber o seu Filho, Virgem ao dá-Lo à luz, Virgem grávida, fecunda e perpétua”. (VATICANO 2018)
A partir desse momento, Maria é nossa Senhora por ser esposa do Espírito Santo e mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deste modo, Maria usou seu amor, escutou seu coração e ao longo de sua vida iria buscar, também, preparar o seu Filho para experiências celestiais por meio da oração, pelo jejum e a penitência seguindo os moldes judaicos. E, assim, o fez, e seu Filho também o fez. Maria não se enalteceu pela condição de mãe do filho de Deus e passou muitas dores durante a vida para cuidar Dele. Jesus, além disso, esperou o tempo certo para ser glorificado, mesmo sabendo que era filho do Deus Altíssimo; seguia a simplicidade e humildade de Sua família na terra e, com ela, pôde enfrentar todas as batalhas que tiveram. Maria participou da vida de Jesus Cristo, sendo Sua mãe e, ao mesmo tempo, Sua discípula (Mc 3,31-35). Compreendia os mistérios da fé e guardava-os em seu coração (Lc 2,19.51). No princípio do ministério público de Jesus, Maria esteve com Ele nas bodas de Canaã, e por obediência Ele realizou seu primeiro milagre (Jo 2,1-12).
Chegada a hora da grande dor, a Paixão de Jesus, qualquer mulher fugiria ou esconderia seu filho para não morrer e acharia o Pai celestial muito cruel por permitir as dores de seu filho. Mas Maria era distante dos pensamentos desse mundo, esteve junto à cruz, firme, acreditando nos desígnios do Pai, mesmo na aflição. Por sua força, seu Filho a confiou a humanidade, na pessoa de João (Jo 19,25-27), e esse ato se tornaria renovado de geração em geração até os dias de hoje. Maria, mulher forte, fiel e cheia de fé viu seu filho Jesus Cristo vencer a morte, ressuscitar como dissera, e testemunhar que está vivo, junto a Deus Pai no Céu, como também testemunhou os primeiros cristãos (Jo 20,1-29; Lc 24,1-43; Mc 16,9-20; Mt 28,1-10) e conforme testemunhará a Igreja para sempre. (MARIA 2018)
Maria é esse novo florescer para Israel e para nós, é a nova Primavera de Deus. Uma mulher forjada na terra de Deus, diferenciada das outras, com segredos no silêncio de suas orações e conversa com o Pai. Provavelmente, orava assim: “Senhor, mostrai-me os vossos caminhos, e ensinai-me as vossas veredas. Dirigi-me na vossa verdade e ensinai-me, porque sois o Deus de minha salvação e em vós eu espero sempre. ” (Salmo24,4-5)
Maria, firme com os apóstolos no cenáculo de Jerusalém, perseverando nas orações, esperou o Pentecostes sobrenatural (At 1,12-14) e o Espirito veio atingindo todos. Não tirou o lugar que seria de Pedro, por ser mãe de Jesus. E, por mais esse ato, ela se tornou, eternamente, a mulher que trouxe Deus para perto de nós e, por ela, podemos conhecer a Trindade de Deus. Não quis a graça só para ela, queria interceder pelos outros e pelas gerações futuras. Maria se tornaria, após sua Assunção, aquela que propagaria a experiência mais profunda do encontro com Deus. Deixou a terra, mas não sua missão de apresentar a experiência de Pentecostes para a humanidade. Maria é nossa Senhora pelo clamor de seu povo, que obteve o favor de experiências espirituais com Deus. Sua presença não tira Deus do Seu trono. Ela manda fazer o que Jesus quer. Maria Santíssima nunca se apresentou pedindo méritos para si.
Ainda hoje, mesmo que alguns irmãos de fé tenham esquecido de quem ela foi e é, sua graça não é apenas para Nazaré ou Israel, ou apenas para os católicos, mas para todos. Maria é Mãe e Rainha, e ela ensina os caminhos que liberta nações da guerra e liberta filhos de prisões. Cada um tem seu encontro pessoal e diferente; basta querer a experiência de estar mais perto da presença de Maria Santíssima, e ela se revela a um filho querido, quando o leva a ter um encontro profundo com Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador e depois a um batismo avassalador no Espirito Santo.
Flavia Marques do Nascimento
3° Elo da Comunidade Renascidos em Pentecostes
Formação Profissional: Turismóloga e Tecnóloga em Gestão de Processos Gerenciais
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