Danielle Santos
Comunidade Renascidos em Pentecostes
Na homilia proferida ontem, 30 de outubro, na Santa Missa da Casa Santa Marta, o Papa Francisco meditou sobre o Evangelho que narra a cura da mulher encurvada.
Nessa reflexão, ele dá ênfase a cinco atitudes de Jesus diante dessa filha amada: “a viu, a chamou, lhe falou, impôs as mãos sobre ela e a curou”. E ainda, reforça que essas atitudes provam a fidelidade e a intensa proximidade Dele conosco, diferentemente, dos fariseus, dos clérigos e dos doutores da lei, que não se aproximavam e não se importavam com o povo.
Nesse intuito, confira alguns dos principais trechos dessa ungida homilia:
(...)“Por isso, Jesus sempre estava ali com as pessoas descartadas por aquele grupinho clerical: estavam ali os pobres, os doentes, os pecadores e os leprosos; estavam todos ali, porque Jesus tinha essa capacidade de se comover diante da doença, era um bom pastor. Um bom pastor que se aproxima e tem a capacidade de se comover. Eu diria que a terceira característica de um bom pastor é a de não se envergonhar da carne, tocar a carne ferida, como fez Jesus com esta mulher: tocou, impôs as mãos, tocou os leprosos, tocou os pecadores”.
(...)“Um bom pastor”, não diz: sim, está bom. Sim, sim estou próximo a você no Espírito. Isso é distância. Mas faz o que Deus Pai fez, aproximar-se, por compaixão, por misericórdia, à carne de seu Filho”.
(...)“Mas, esses outros, aqueles que seguem o caminho do clericalismo, aproximam-se de quem? Aproximam-se sempre ao poder de turno ou ao dinheiro. São pastores maus. Eles pensam apenas como subir no poder, ser amigos do poder, negociam tudo ou pensam nos bolsos. Estes são hipócritas, capazes de tudo. O povo não tem importância para essas pessoas. Quando Jesus lhes diz aquele adjetivo que utiliza muitas vezes com eles, hipócritas, eles se ofendem: Mas nós, não, nós seguimos a lei”.
(...) “É uma graça para o povo de Deus ter bons pastores, pastores como Jesus, que não tem vergonha de tocar a carne ferida, que sabem que sobre isso - e não apenas eles, mas também todos nós - seremos julgados: estava com fome, estava na prisão, estava doente... Os critérios do protocolo final são os critérios da proximidade, os critérios dessa proximidade total, o tocar, o compartilhar a situação do povo de Deus. Não nos esqueçamos disso: o bom pastor está sempre perto das pessoas sempre, como Deus nosso Pai se aproximou de nós, em Jesus Cristo feito carne”.
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