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Foto do escritorRenascidos em Pentecostes

O Espírito Santo cicatriza feridas e restaura nossas forças


“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis do repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.” (Mt 11, 28-30)

Amado(a)irmão(ã), em Cristo Jesus,

A paz!

Quando falamos em feridas, dor, sofrimentos e lágrimas, temos a resistência humana em não admiti-los como coisas boas ou intempéries necessárias que estarão em nossa trajetória nesse mundo, não é mesmo? Mas o próprio Jesus nos disse: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” . (Jo 16, 33)

Desde a minha mais tenra infância eu compreendia as minhas feridas como resultado de machucados físicos ocorridos em brincadeiras com os primos, colegas de escola ou nas aulas de Educação Física. E, como sempre, contava com o carinho e o zelo de minha “enfermeira particular”: a mamãe! Em todas as vezes, ela vinha com o remedinho, que causava uma certa dor e ardência ao ser aplicado, mas, em contrapartida, seu consolo era acrescido de um beijinho doce. Logo depois, é claro, a velha advertência, comum entre todas as mães, que gostam de lembrar-nos de que deveríamos ouvi-las mais: “Eu não te avisei?” Pois é! E era sempre verdade!!!

Ao descrever por essas linhas essa singela reflexão de vida, vi como Deus nos ama em perfeição, pelo fato de criar anjos que, com a mesma doçura, fossem capazes de agir. Ao cria-las, o Senhor fez a versão feminina do Ágape (amor incondicional) e as lançou na Terra com o nome de mãe. E, ainda, não satisfeito, nos entregou a Sua mãe, na cruz, para complementar essa carga amorosa e protetora por toda a nossa vida. Pois bem! O amor de Deus é tão perfeito, que Ele age, no presente, conosco, com as nossas feridas causadas pelo amadurecimento natural, pelos nossos pecados ou pelos tropeços da caminhada, da mesma maneira.

O terceiro versículo do Salmo 147 nos confirma isso: “Ele sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas”.

Diante de nossas quedas, a misericórdia de Deus nos acolhe e, fazendo de nós, mais que pacientes, mas sim, filhos amados, somos tratados e curados, não só no corpo, mas na alma, na mente e no coração. Por muitas vezes, o remedinho que Jesus aplicou sobre as minhas machucaduras, chegou até mim, através da necessidade de uma boa confissão, de uma direção espiritual abençoada, um Seminário de Vida no Espírito Santo, uma oração de um servo ungido, já que o Senhor é especialista em nos chamar cada vez mais para perto Dele, para um relacionamento com Ele, e através dos Seus filhos. E esse remédio, assim como o da minha mãe, também doeu muito, pois mexeu no meu ego, no meu orgulho, nos meus sentimentos... como doeu!

Contudo, em meio as minhas inúmeras feridas, transformadas em cicatrizes, dores não só físicas eu senti, mas por grandes turbulências espirituais e emocionais passei. Porém, aprendi muito com cada uma delas; em cada cicatriz trago um aprendizado, uma lição especial. A cada gota derramada, Jesus, ao tratar o ferimento, ia me ensinando, em contrapartida, que eu não deveria carregar comigo, o fardo da mágoa ou rancor por quem me feriu; assim, Ele me mostrou o que é perdão. E, quando já não mais sangrava o coração, mas insistiam em mim as lembranças da dor, Ele sussurrava, carinhosamente, em meu interior, revelando-me que aquela dose de tratamento deveria ser acrescida de uma profunda abertura do meu ser, para que eu recebesse uma efusão do Seu Santo Espírito. Fossem feridas causadas pelo meu próprio pecado ou pelo amor que eu não recebi, de quem esperei em demasia, também o Senhor estava ali, como minha mãe, na minha infância, de mãos estendidas, a me olhar e dizer: “Eu não te avisei, filha?” Por isso, costumo dizer que, em cada sorriso que esboço em minha face, carrego uma cicatriz de uma ferida curada por Deus. Só depois de me abrir para que o “Médico dos médicos” (Jesus) pudesse executar o cuidado completo em minhas machucaduras, é que pude aprender a me reconhecer como filha amada de Deus e, mais ainda, forte o bastante, para poder amar os outros, como, assim, Ele o quer.

E eu te digo, amado(a) irmão(ã), que isso só foi e sempre será possível com a força do Espírito Santo. Só Ele nos leva a percorrer esse caminho de cura, na certeza de que já somos vitoriosos. E você, deseja fazer essa experiência? Quer deixar-se curar por Deus? Somente renascidos na graça do Espírito Santo, seremos novos homens e novas mulheres, curados e libertos pelo poder de Deus. Transformando nossas feridas em cicatrizes de fé e misericórdia, na intercessão de Nossa Senhora da Primavera, o Espírito Santo nos cumulará de muitas e muitas bênçãos e nos conduzirá a um novo Pentecostes.

Danielle Santos

Comunidade Renascidos em Pentecostes

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