No último sábado, dia 25 de março de 2017, o Papa Francisco encontrou-se com jovens recém-crismados, em Milão. No mesmo, interagindo com os presentes, ele respondeu a três perguntas realizadas por um jovem, um casal e um catequista.
A primeira pergunta foi do jovem, que o indagou sobre o que ele fez, quando também jovem, para fazer crescer sua amizade com Jesus. O Papa respondeu, relatando a importância do papel dos avós: “Os avós têm sabedoria da vida e eles, com aquela sabedoria, nos ensinam como ir mais próximo a Jesus. (…) Um conselho: falem com os avós, perguntem o que quiserem, escutem os avós, é importante nesse tempo falar com os avós”.
Além dos avós, Francisco falou dos amigos e de sua influência nesse processo, já que Jesus tinha uma relação saudável e forte com seus amigos: “Jesus brincava com os outros, faz bem a nós brincar com os amigos, porque quando o jogo é limpo se aprende a respeitar os outros, se aprende a trabalhar todos juntos e isso nos une a Jesus”.
E ainda citou a Paróquia como lugar de encontro com os outros: “Ir à paróquia, ao oratório, reunir-se com os outros. Isso é importante. Essas três coisas são um conselho que eu vos dou: essas três coisas farão vocês crescer na amizade com Jesus, porque com isso você rezará mais. Oração é o fio que une as três coisas”.
Depois de responder ao jovem, o Papa respondeu ao casal, que quis saber como transmitir aos filhos a beleza da fé sem ser “chato” e banal. Sabiamente, o Santo Padre respondeu: “Todos temos na memória, mas especialmente no coração, alguém que nos ajudou a crer”. (...) As crianças nos olham e vocês não imaginam a angústia de uma criança quando os pais brigam. E quando os pais se separam, elas pagam a conta. Quando se traz um filho ao mundo é preciso ter consciência disso. Nós tomamos a responsabilidade de fazer essa criança crescer na fé.Não se esqueçam: quando vocês brigam, as crianças sofrem e não crescem na fé”. O Papa ainda indicou, como dica de reflexão e formação a leitura da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, sobre o amor na família, em especial o primeiro capítulo. Reforçou a importância de se “fazer domingo”, uma experiência feita em Buenos Aires, na qual os pais, após a Missa do domingo, levam seus filhos para um passeio em família.
A terceira e última pergunta, feita por um catequista, levou a Francisco a orientar como uma “comunidade educadora” pode se abrir à escuta e ao diálogo com todos os educadores envolvidos com as crianças. Ele foi categórico ao afirmar que a educação deve ser “baseada no tripé pensar-fazer-sentir (mente, mãos, coração)”.
E ainda citou a necessidade de discernir o talento dos alunos para direcioná-los no caminho certo: “Entre os nossos estudantes há alguns que são levados para o esporte, não tanto para as ciências e outros se saem melhor na arte que na matemática e outros na filosofia mais que no esporte. Um bom mestre, educador ou treinador sabe estimular as boas qualidades de seus alunos e não negligenciar outras; procurando sempre a complementaridade. Ninguém pode ser bom em tudo e devemos dizer isso aos nossos alunos: sejam complementares”.
Ao final da conversa, o Papa Francisco ainda falou sobre a prática do bullying e pediu para que os jovens fizessem um compromisso com Jesus, para o Sacramento da Crisma, de não fazê-lo.
Danielle Santos
Comunidade Renascidos em Pentecostes
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