Muito provavelmente você já ouviu alguém dizer que devemos pregar não somente com nossas palavras, mas principalmente com a nossa vida. Quero, pois, contar um fato que aconteceu na vida de
, o grande Apóstolo da Imaculada.
Alguns frades franciscanos da Polônia foram presos num campo de concentração nazista. Entre estes frades estava o Padre Kolbe. A vida em um campo de concentração nazista não era nada amistosa: trabalho duro – forçado, escravo! -, fome, frio, doenças etc. Além deste sofrimento físico e psíquico, sofria-se na alma: não tinham a Santa Missa!
O fato de estarem presos e sofrendo horrores em um campo de concentração nazista, verdadeiro inferno na terra, fez com que alguns dos frades que foram presos com o São Maximiliano começassem a murmurar desejando voltar para Niepokalanõw (Cidade da Imaculada - onde os frades moravam e trabalhavam). A resposta do Santo foi impressionante:
“Aqui é que somos necessários e não em Niepokalanõw! Quanta bondade ela nos tem demonstrado! Trouxeram-nos para cá de graça, deram-nos um pavilhão e, até algo para comer, para que pudéssemos conquistar novos devotos para ela. Para muitos internados talvez esta seja a única ocasião de se reconciliarem com Deus. Os homens, como estais vendo, blasfemam, irritam-se, mas olhando para vós, para vossa calma, vossas orações e vosso comportamento, tornam-se melhores.” [i]
Que ensinamento impressionante! São Paulo já afirmara que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus (cf. Rm 8,28). E este tudo é tudo: coisas boas e ruins. A providência de Deus fez com que São Maximiliano e seus confrades fossem presos para que, com o comportamento, com as orações, enfim, com o exemplo, pudessem ser luzes em meio as trevas que era um campo de concentração nazista. E, de fato, quantas confissões ele atendeu ali! Quantas palavras de esperança! Conta-se que enquanto Maximiliano estava lá, as blasfêmias e palavras de ódio foram sendo substituídas por cânticos de louvor e orações à Deus e à Santíssima Virgem.
Enfim, caríssimos, diante dos nossos sofrimentos e dificuldades, onde quer que a providência nos tiver mandado, pregue com a vida, a exemplo do Padre Kolbe. O Apostolado que São Maximiliano exerceu na prisão nós podemos exercer no mundo de hoje: as pessoas do nosso ambiente de trabalho, da nossa escola, da faculdade, enfim, as pessoas do nosso convívio social e/ou familiar olham para nós e, diante do nosso comportamento, “tornam-se melhores” e pensam em Deus? As vezes o que mais toca não são as palavras, mas a vida. Diante das lutas da vida, louvemos a Deus e a Virgem Maria e, pelo louvor, alcançaremos bençãos para nós e para as pessoas que estão ao nosso redor.
Autor: Prof. Anderson Carlos Bezerra
[i] Fr. Juventino M.Mlodozeniec – Conheci o o Bem-aventurado Maximiliano Maria Kolbe, o homem que deu a vida pelo próximo. 1980. pag. 65. Grifo nosso.
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