“Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, [...] um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se lhe aos pés, rogando-lhe com insistência: Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva. Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o. [...] enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre (Mc 5, 21-24;35)?”
A vida daquele homem e de seus familiares ficou comprimida na dor e nada mais restava para dar-lhe esperança. O fruto de seu amor com sua esposa, o presente que Deus havia lhes permitido receber, já não existia.
Como este homem, quantas relações familiares têm sido destruídas nesse mundo em que vivemos pelas más notícias e, essas, deixam rastro de desesperança. Uma pesquisa feita pela UNICEF/ONU² sobre países de maior mortalidade infantil, diz que “nos locais mais inseguros (os mais pobres) do mundo, as crianças têm cinquenta vezes mais probabilidade de morrerem, se comparadas aos recém-nascidos dos locais mais seguros, considerados mais desenvolvidos”. E por que isso? Todos nós somos iguais perante Deus, que nos ama sem distinção.
No Dia dos Finados, Dia dos Mortos, muitos ficam tristes, pelas perdas ocorridas na vida; não conseguem entender a misericórdia e nem ter misericórdia.
O que aproxima uma história da outra? Jesus, O amor vivo.
Jesus foi ao encontro daquela criança, daquele pai e daquela mãe. Jesus foi ao encontro daqueles que O queriam, daqueles que desejavam uma nova esperança onde tudo parecia contrário. O amor pode tudo. A esperança é lembrar que o amor pode tudo.
Quando Deus disse a Maria “você vai ser mãe do Emanuel (Deus conosco)”, ela aceitou e amou essa verdade; pelo seu sim, ela trouxe a primeira graça do Novo Testamento e a mais significante de todas. Foi a nova Primavera para Jerusalém e todo aquele povo.
Nesse nosso tempo, já se conhece a história de Maria e de Jesus, mas o amor não está sendo plantado como deveria. Muitas crianças no mundo sofrem e até morrem, por razões inexplicáveis, por falta do amor. Deus nos ama, independentemente, de quem somos, do que cremos ou fazemos.
O capítulo 5, do Evangelho de São Marcos, mostra-nos uma das mais belas lições de Jesus, a de ir ao encontro de quem precisa: “Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: 'Não temas; crê somente'. [...] Ele entrou e disse-lhes: 'Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo'. Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. Segurou a mão da menina e disse-lhe: 'Talita cumi', que quer dizer: 'Menina, ordeno-te, levanta-te!' E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (Mc 5, 36;39-42)”.
Assim, onde não houver mais esperança, onde até os amigos não conseguem mais ajudar, e outros zombarem da sua credibilidade no Altíssimo, silencie e crê somente. Quando tudo parecer perdido, Deus dará a ordem: “Levanta-te! Saia dessa situação. ORDENO-TE, LEVANTA-TE”!
Maria não estava nesse momento com seu filho Jesus, mas como homem, Ele tinha a mentalidade ensinada por seus pais, de sempre ter fé quando não mais houver saída. E como Deus, pode mudar o coração que deve ser transformado pela perda de alguém querido.
Aquela família precisava ser tocada. Eles se prostraram para viver o sobrenatural de Deus. Pela ordem divina, Thalita saiu do sono da morte e viveu. Jesus devolveu a alegria àquela família. Com certeza nunca mais foram os mesmos.
Quantos precisam sair do sono da morte para viver nesse mundo de hoje? O cristão não pode aceitar a situação de morte, de abandono ou necessidades sem agir. Estamos no mundo, mas não pertencemos a ele. O cristão nasce para ir ao encontro de sua missão de salvar vidas pela causa do Evangelho.
Maria Santíssima vivia pela causa do Evangelho, que surgiu por causa do Amor.
E o amor ressuscita, chama para a vida. Deus é amor e transforma a tristeza em alegria.
A vida se torna uma festa, quando Jesus vem, onde sua mãe está. A vida se torna uma festa de amores quando eu me deixo, por Deus, usar.
Referenciais bibliográficos:
¹Bíblia Católica online - Disponível em https://www.bibliaonline.com.br/vc/mc/5/21-24 -Acesso em 01/10/2018.
²Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância - órgão das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças
³ONU NEW-Perspectiva Global- Reportagens Humanas - Unicef: relatório aponta 10 países com maiores taxas de mortalidade infantil- Disponível em https://news.un.org/pt/story/2018/02/1611481. Acesso em 01/10/2018.
Flavia Marques do Nascimento
3° Elo da Comunidade Renascidos em Pentecostes
Turismóloga e Tecnóloga em Gestão de Processos Gerenciais
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